CRÔNICA EXIBIDA NO PROGRANA RADIO POVO DO DIA 19/06/2011, LEIA !!!

                                                              AOS GALHARDENSES

 "Porque será que tudo que se torna público e cai nas mãos de quem não tem capacidade para administrar é alvo de um descaso e de um desrespeito sem tamanho?"

                           Lembro-me  de que o COLEGIO ALMEIDA GALHARDO  era símbolo de respeito em nossa cidade; o aluno do Almeida galhardo tal qual quanto o aluno de hoje,  era visto como um cidadão de bem, com bons princípios, de respeito, homem, mulher de respeito na sociedade tutoiense. Esse era o jeito galhardense de ser.  A escola em si, enquanto prédio, impunha  respeito a todos que por ali passavam, talvez pelo jeito  imponente, casarão antigo, antigo chalé, ou mesmo pelo perfil de seus alunos e funcionários.

                         Claro que nós, educadores que somos, sabemos que não é somente a gestão administrativa que faz uma escola ter um bom funcionamento, é um conjunto de  “N” fatores que não cabe aqui citá-los e é por isso que antecipadamente peço desculpas a atual gestão da referida escola caso seja mau entendido, , mas infelizmente ou felizmente é preciso não nos calar diante da situação em que se encontra o nosso colégio Almeida  galhardo.

                       Há alguns anos nossa escola passou de privada a pública, foi o  primeiro choque. Começaram os primeiros atrasos de merenda escolar, os primeiros atrasos na distribuição de livros  didáticos ,diários de classe..... “ coisinhas” que, naturalmente ocorrem na escola pública, tão naturalmente que ninguém reclama mais...perdemos até o bom seno de exigir!, E isso é natural, absolutamente normal, se me permitem a ironia.

                     Segundo choque: há mais ou menos um ano, o governo atual por uma possível ameaça de desabamento, resolve transferir a escola para outro prédio, este situado à rua Hermes da Fonseca  ao lado de uma biblioteca pública construída no mesmo endereço para conter gastos, já que os dois prédios seriam construídos no mesmo terreno, terreno esse que na minha infância e de muitos tutoienses  foi uma lagoa em tempos de inverno.

                     Primeiro problema: para se construir uma escola naquele lugar, naquele terreno, era preciso saber que ali é um lugar, um terreno alagadiço e que se precisava de maiores cuidados na construção, na escolha de materiais por exemplo,  em fim, os serviços de engenharia deveriam atentar  para esse fato que qualquer leigo consegue entender. Porem, para conter gastos, para economizar desnecessariamente pela segunda vez,  o material escolhido a dedos não foi o de melhor qualidade e nem na quantidade necessária para aquela construção.

                   O fato é: Em um ano , apenas um ano de existência, o prédio do Colégio Almeida Galhardo, começa a sofrer sérios danos, que  põem a vida de seus alunos, professores e funcionários em risco: paredes rachadas, piso afundando, problemas que não deveriam estar acontecendo e estão. Simplesmente porque o governo não quis gastar o suficiente, o necessário. “ O BARATO SAIU CARO “, e agora?  Recesso de uma semana... eu disse: uma semana, será que é suficiente para resolver um problema tão sério? Será que remendos nos rebocos das paredes irão solucionar um problema da base da obra e ainda esses mesmos remendos garantirão a segurança, a vida  daquelas pessoas que ali trabalham, dos alunos daquela escola?. Não dá pra viver de remendos, de concertos, precisamos de coisas novas, com qualidade, é o que merecemos.  CUIDADO  GOVERNANTES !,  ISSO É MAIS GRAVE DO QUE PARECE E QUE VOCÊS IMAGINAM, Pais, atentem para esse problema, informem-se,tomem providências, denunciem,  vocês tem direito e obrigação de zelar pelas vidas de seus filhos !

                   E... Enquanto isso, o Chalé, na avenida paulino neves, ameaçado de desabamento, continua firme, talvez por ironia do destino, ou para continuar sendo símbolo de respeito, atravessando o tempo e a história, fazendo com que quem passe por lá recorde os bons tempo de aluno galhardense, sentado a tarde em baixo da mangueira, ou correndo com medo da lendária caveira, ou ainda pisando nas tábuas barulhentas, na fila cantando hinos cívicos e rezando o pai nosso. ( quando passo por lá pareço ouvir as vozes unidas de todos em FORMA)..É lá, naquele prédio que estão todas as nossas bonitas memórias...

               E que memórias terão os alunos que presenciam hoje o descaso do governo para com  uma escola tão importante para cultura e para a história de nossa cidade?

              NÓS  MERECEMOS COISAS MELHORES, PENSEMOS TODOS NISSO  !!!!!

                                                                                                                                           V. Damasceno