Por Verônica Damasceno
Estive
pensando sobre a palavra complacência em um dos seus quase infinitos sentidos,
quando há uns três dias via redes socias, alguém tratou sobre isso(primo, você
foi feliz na afirmação) e amadureci a ideia após assistir à
reportagem sobre a saúde em nosso município.
A
compalcência é perigosa! Ainda mais quando já se tornou costume ser complacente
com o que não é excelente ou mesmo apenas com o que é bom.A complacência é a
ignorância disfarçada de comodismo.
Estamos
acostumados a ser complacentes com todos que não agregam valores para nossa
vida, para nossa sociedade.Parece muito mais fácil aceitar tudo como está e
dizer: “Ah, mas nunca fizeram nada mesmo.Todos são assim, não adianta…”Ou ainda:
“Esse sim está fazendo alguma coisa em Tutóia, está construindo, modificando,
transformado, só não enxerga quem não quer..”Quando na verdade essa atitude e
apenas uma maneira de se manter de alguma forma beneficiado por “eles”.Um
medinho”básico”, a que chamo de “cachorrismo”, o dom de ser capacho, o dom de
colocar o rabo entre as pernas, muchar as orelhinhas e dá um latidinho de
tímida alegria…"
Tem gente,
por exemplo, que reclama de seus funcionários: Ah, mas “fulano” que
trabalha aqui é um horror, não aguento mais! ( Mas o fulano continua lá,
ou porque trabalha há muitos anos, ou ainda porque tem uma carrada de
filhos, ou pior, porque foi um vereador amigo que indicou , essas
coisas…).”-Vou votar no prefeito tal porque fez um hospital
(permitam-me a riminha),como afirmou o homem simplezinho do interior do
Maranhão, ou porque me deu R$200,00 ou ainda porque é amigo da família, ou até
porque sentou na minha cadeira e pegou na minha mão…Não podemos passar a vida
inteira carregando pessoas incompetentes…E pare com essa história
enfadonha e triste de dizer: Ah, nem adianta trocar, nenhum presta
mesmo!É preciso ser exigente até com nossas atitudes, imagine com as dos outros!
Ser
complacente é aceitar a derrota por antecipação.Entregar os pontos, como mamãe
sempre diz.´Ser complacente é ceder todos os seus princípios apenas para se
adaptar ao contexto, que, em nosso caso, não é nada agradável. É preferir
adaptar-se a todas as contingências a exercer qualquer pressão sobre o mundo
para tentar modificá-lo. Prefere modificar a si mesmo, adaptando-se, do que
modificar o mundo que o cerca. A diferença do complacente para o flexível é que
o complacente não tem limites em adaptar-se ao contexto, ou seja, não possui
valores rígidos dos quais não abra mão, tais como valores familiares, valores
que você defende a todo custo!Valores são virtudes éticas, tais como dignidade
, respeito, integridade, e tantos outros que muitos até desconhecem os reais
significados…
Segundo Aristóteles, “as
virtudes éticas não são dons da natureza. Não são resultado da boa sorte. São
fruto do exercício e do hábito.”Se ainda não conseguimos de fato ser cidadãos
éticos, treinemos ao menos, exercitemos, habituemo-nos à ética, aos valores!Não
dá para sermos felizes distantes deles!Não dá para agirmos em nossa casa, em
nossa família, em nossa cidade, em nosso país, sem antes pensarmos sobre nossos
valores e nossas virtudes e , consequentemente, exercitá-los!
NÃO SEJAMOS COMPLACENTES COM TUDO!É PRECISO QUE
BUSQUEMOS A JUSTA MEDIDA ENTRE NOSSOS VALORES E VIRTUDES, A RAZÃO QUE HÁ NOS
DOIS, PARA CONTROLÁ-LOS DEVIDAMENTE E PARA ASSIM TERMOS CORAGEM DE
TRANSFORMAR NOSSA ATUAL REALIDADE !NÃO DÁ PARA TRANSFORMAR TENDO COMO
ALIADO O COMODISMO DAS PALAVRAS "NÃO ADIANTA!SERÁ SEMPRE ASSIM!TODOS SÃO IGUAIS!”
EXERCITEMOS NOSSOS
VALORES!!!!BUSQUEMOS A EXCELÊNCIA DE NOSSAS ATITUDES!
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